"O Brasil voltou". Com esse lema, diplomatas e ministros brasileiros percorreram nos últimos meses o mundo reassegurando parceiros estrangeiros que a era Bolsonaro havia chegado ao fim e que, a partir de agora, um parceiro previsível e confiável voltava a fazer parte do cenário internacional. Era o fim de posições contrárias à ciência, ao meio ambiente, à paz e ao diálogo.
Mas a ambição de transformação
da inserção internacional do Brasil por parte do governo de Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) vive um choque de realidade.
Sob a gestão de Jair Bolsonaro
(PL), o Brasil queimou pontes, fez alianças ideológicas e diminuiu de forma
dramática o papel do país no mundo. De uma situação de pária, o Brasil passou a
ser uma ameaça ambiental, sanitária e de ruptura democrática. Não por acaso, a
vitória de Lula gerou um alívio internacional, com líderes estrangeiros se
apressando a buscar uma foto ou um aceno ao lado do brasileiro.
Em muitas das grandes capitais, as
promessas eram que estavam prontos para uma nova relação. Mas a transformação
das boas intenções em atos concretos esbarra agora em interesses
protecionistas, considerações geopolíticas e até em percalços inesperados como
a pneumonia de Lula. Mais.
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