O governo Luiz Inácio Lula da Silva
pretende mudar a meta de inflação já para este ano – e conta com o apoio do
presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, relataram ao blog duas fontes
graduadas que participam das conversa.
A alteração pode ser concluída já
na próxima quinta-feira (16), quando deve se reunir o Conselho Monetário
Nacional (CMN). O colegiado é composto pelos ministros da Fazenda, Fernando
Haddad; do Planejamento, Simone Tebet, e pelo próprio Campos Neto.
A meta de inflação para este ano é
de 3,25% e, para os próximos dois anos, de 3%.
Quando muito baixas, essas metas
obrigam o BC a subir mais e mais a taxa de juros – o que "esfria" a
economia e ajuda a controlar a alta dos preços.
Segundo informou ao blog uma fonte
que participa das discussões, Campos Neto levou à equipe econômica a proposta
de alteração da meta inflacionária.
Em 2021 e 2022, o Brasil descumpriu
a inflação esperada. Nestes caso, a lei obriga o presidente do Banco Central a
escrever uma carta se justificando.
Dentro do BC, já há consenso que a
meta de 3,25% de inflação para 2023 dificilmente será cumprida. E isso, mesmo
considerando que há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto para cima e para
baixo – ou seja, que a meta real seria de uma inflação entre 1,75% e 4,75%.
Mais.
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