Nem os ataques
golpistas de 8 de janeiro foram suficientes para banir os anúncios
antidemocráticos nas redes sociais. Mensagens pagas, que estimulam o ódio
e a violência, continuam passando pelo filtro de algumas plataformas, como
mostra a reportagem de Álvaro Pereira Júnior.
Oito
de janeiro de 2023: um dia triste para a história do Brasil. Vândalos
golpistas depredaram o Congresso, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do
Planalto. Nesse contexto de ataques à democracia, um grupo de pesquisadores
brasileiros e uma organização internacional chamada Global Witness - Testemunha
Global - puseram em prática alguns experimentos.
"A Meta, dona do Facebook, sempre deixou
claro que a eleição no Brasil era uma prioridade, pela quantidade de desinformação
que se espalhava pela rede. Aí, a empresa disse que ia bloquear conteúdo de
desinformação e incentivo à violência. Então, nós fomos testar se isso era pra
valer”, destaca a pesquisadora chefe de parcerias globais da Global Witness,
Julie Anne Miranda-Brobeck.
Assim, desde agosto de 2022 — antes
das eleições — até o fim de janeiro de 2023— ou seja, muito depois das invasões
em Brasília —, os pesquisadores da UFRJ e da Global Witness foram
fazendo testes. Eles criaram anúncios pagos contra a democracia, pondo em
dúvida a integridade das urnas eletrônicas e pregando a violência política. E
iam submetendo esses anúncios ao Facebook e ao Youtube, que é de outro
grupo, dono do Google.
Os pesquisadores já tinham
detectado o alto tráfego de anúncios atacando a democracia nas redes sociais.Mais.
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