domingo, 5 de fevereiro de 2023

ANÚNCIOS ANTIDEMOCRÁTICOS, COM DISCURSO DE ÓDIO, SÃO APROVADOS PARA PUBLICAÇÃO EM REDES SOCIAIS

 

Nem os ataques golpistas de 8 de janeiro foram suficientes para banir os anúncios antidemocráticos nas redes sociais. Mensagens pagas, que estimulam o ódio e a violência, continuam passando pelo filtro de algumas plataformas, como mostra a reportagem de Álvaro Pereira Júnior.

Oito de janeiro de 2023: um dia triste para a história do Brasil. Vândalos golpistas depredaram o Congresso, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto. Nesse contexto de ataques à democracia, um grupo de pesquisadores brasileiros e uma organização internacional chamada Global Witness - Testemunha Global - puseram em prática alguns experimentos.

"A Meta, dona do Facebook, sempre deixou claro que a eleição no Brasil era uma prioridade, pela quantidade de desinformação que se espalhava pela rede. Aí, a empresa disse que ia bloquear conteúdo de desinformação e incentivo à violência. Então, nós fomos testar se isso era pra valer”, destaca a pesquisadora chefe de parcerias globais da Global Witness, Julie Anne Miranda-Brobeck.

Assim, desde agosto de 2022 — antes das eleições — até o fim de janeiro de 2023— ou seja, muito depois das invasões em Brasília —, os pesquisadores da UFRJ e da Global Witness foram fazendo testes. Eles criaram anúncios pagos contra a democracia, pondo em dúvida a integridade das urnas eletrônicas e pregando a violência política. E iam submetendo esses anúncios ao Facebook e ao Youtube, que é de outro grupo, dono do Google.

Os pesquisadores já tinham detectado o alto tráfego de anúncios atacando a democracia nas redes sociais.Mais.

 

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