A Polícia Federal atua em quatro
linhas de investigação para apurar todos os fatos e pessoas relacionados aos
ataques golpistas e vandalismo realizados por apoiadores do ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL) em 8 de janeiro.
Estão na mira dessas
investigações o ex-presidente, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e
autoridades que atuaram ou se omitiram durante a investida golpista.
As investigações
pretendem detalhar como se deram os preparativos e as invasões ao Palácio do
Planalto, Congresso Nacional e STF (Supremo Tribunal Federal) e miram os
golpistas atuantes diretamente na quebradeira, os financiadores e os agentes
públicos envolvidos.
A primeira linha de
apuração foca os possíveis autores intelectuais dos ataques golpistas, e é essa
frente que pode chegar a eventual responsabilidade do ex-presidente no fomento
das ações radicais.
Bolsonaro já era um dos alvos do
inquérito das milícias digitais por causa de sua atuação na live de 29 de julho
de 2021 —quando levantou sem provas suspeita de fraude nas eleições por meio de
falhas nas urnas eletrônicas— e pelo vazamento de um inquérito sigiloso sobre
um ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral.
No caso das milícias digitais, cada
um dos eventos com participação de Bolsonaro e de seus apoiadores, como a live,
os atos antidemocráticos de 2020 e outros, são vistos como sendo praticados por
uma organização criminosa que atua para atacar instituições, autoridades e
disseminar desinformação.
Agora, com essa nova
apuração, a PF pretende avançar sobre como suas investidas golpistas insuflaram
seus apoiadores contra o Estado democrático de Direito e desaguaram nos ataques
aos três Poderes. Mais.
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