segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

MINISTÉRIO DA SAÚDE REVOGA PORTARIAS SOBRE ABORTO, FARMÁCIA POPULAR E MAIS

 

O Ministério da Saúde revogou, nesta segunda-feira, 16, seis portarias da gestão anterior que tratavam sobre aborto, retirada de medicamentos pelo Farmácia Popular e outros assuntos. Segundo a pasta, o objetivo é "extinguir políticas contrárias às diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS)".

O tema já havia sido abordado pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, em uma coletiva de imprensa na semana passada. "Conversamos com o Conass e Conasems, pois é sempre importante que, ao revogar uma medida, não exista um vazio que deixe o gestor desprovido. Essas revogações envolvem medidas sem base científica, sem amparo legal, que contrariam princípios do SUS", ressaltou.

Em nota, a pasta justificou que todas as portarias anuladas não haviam sido pactuadas com representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). "A falta de transparência, diálogo e definições conjuntas entre União, estados e municípios é totalmente contrária aos preceitos básicos do SUS, que determinam uma gestão compartilhada do sistema de saúde brasileiro", comunicou.

Entre as revogações, está a Portaria GM/MS nº 2.561, de 23 de setembro de 2020, que indicava a necessidade de o médico comunicar o aborto à autoridade policial responsável. O texto também destacava que era preciso preservar possíveis evidências materiais do crime de estupro, como fragmentos do embrião ou feto. Essa portaria, segundo a Saúde, promoveu "rerocessos nos cuidados da saúde reprodutiva e sexual das mulheres e sugeriram ações e manobras que são consideradas violência obstétrica, com alterações na caderneta da gestante". Mais.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário