sábado, 7 de janeiro de 2023

'DESBOLSONARIZAÇÃO' NO GOVERNO LULA ATINGE MILITARES EM CARGOS POLÍTICOS

 

A ordem do Palácio do Planalto é "desmilitarizar" a Esplanada dos Ministérios. Nos primeiros dias de governo, a equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou a retirar militares da ativa e da reserva de cargos políticos. O processo atinge integrantes das Forças Armadas, policiais e mulheres e filhos de oficiais nomeados em postos-chave pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que serão repassados a apadrinhados de partidos aliados.

Bolsonaro foi o presidente que mais nomeou militares no primeiro escalão, até mesmo na comparação com governos da ditadura, como Castelo Branco (1964-1967), primeiro presidente do ciclo militar. O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou 6.157 oficiais ocupando cargos comissionados em funções civis em 2020 - o dado mais recente representa mais que o dobro da quantidade verificada em 2016 (2.957), quando o PT deixou o poder com o impeachment de Dilma Rousseff.

A presença de militares em cargos políticos foi mais perceptível nas áreas social e ambiental, além de postos diretamente subordinados à Presidência da República.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou ao Estadão que militar só permanecerá em cargo civil a pedido direto de algum ministro. "Temos todos os nomes. Todos (os militares) que estavam em cargos de natureza civil, em funções não militares, de nível 5 para cima, inclusive, já saíram." Mais.

 

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