A Organização Mundial de Saúde calculou
nesta semana que cerca de 90% da população mundial possui algum nível de
imunidade à Covid-19, embora tenha alertado para a ameaça de uma nova variante.
Segundo o diretor-geral da OMS, a humanidade está muito mais perto do fim da
fase emergencial da pandemia. O executivo ainda alertou que a redução da
vigilância está abrindo as portas a uma nova variante do vírus que pode superar
a Ômicron. Atualmente, existem mais de 500 subvariantes da Ômicron e todas são
altamente transmissíveis. A equipe do Jornal da Manhã conversou com a
infectologista Raquel Stucchi, que explicou como funciona a imunização ao
coronavírus. “Em 90% tem alguma proteção? O que significa isso? Que 90% das
pessoas já tiveram uma exposição ao vírus ou através da vacina que deu proteção
ou através da doença. Muitas delas tiveram os dois, foram vacinadas e adoeceram
Isso não é um sinal fantástico. Se 90% das pessoas pegam catapora, ninguém pega
catapora duas vezes, mas com a Covid-19 vimos que não é assim, a proteção vai
diminuindo com o tempo. Muita da proteção que o nosso organismo produz, não
conhecemos ainda exatamente qual o papel e o quanto ela protege. Isso só mostra
que as pessoas já tiveram o contato, mas isso não dá tranquilidade para que as
pessoas acreditem que tenham proteção e possam se descuidar”, alertou. A
especialista ainda ressaltou que a falta de vigilância, ao tentar bloquear a
transmissão e fazer o diagnóstico de novas variantes, faz com que a população
corra o risco de desenvolver uma nova variante que escape das vacinas já
existentes. “Mesmo quem tem um quadro leve, uma gripe, pode ter consequências
até nos próximos seis meses depois da infecção. Aumenta o risco de infarto e
derrame. A Covid-19, é melhor não pegar”, pontuou. MAIS.
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