A bancada feminina que emerge
destas eleições será maior do que a de quatro anos atrás e inclinada a pautas
de centro-esquerda. Levantamento feito pelo EXTRA revela que, distante da
polarização que marcou a disputa presidencial mais acirrada desde 1989,
deputadas e senadoras da próxima legislatura são contrárias à flexibilização do
porte e da posse de armas e apoiam as cotas raciais. A maioria também é a favor
do ensino da educação sexual nas escolas. As divergências são mais acentuadas
em temas sensíveis, como o aborto, no qual metade das eleitas defende manter a
legislação atual, e as demais se dividem igualmente entre a favor ou contra a
legalização da prática.
Nas últimas duas semanas, a fim de
mapear o perfil da próxima bancada feminina no Congresso, o EXTRA enviou um
formulário de 42 perguntas para todas as parlamentares. Das 102 deputadas
federais e senadoras eleitas ou em meio de mandato, 77 responderam sob condição
de anonimato (68 deputadas e nove senadoras). São mulheres de 19 partidos
políticos diferentes e de todos os lados do espectro político nacional. Mais.
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