O Ministério
Público Federal (MPF) entrou com um pedido em regime de urgência no
Distrito Federal para a instauração de um inquérito policial que investigue as
condutas do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques. O
ofício enviado à Polícia Federal nesta quarta-feira, 2, tem como foco analisar
as denúncias feitas no segundo turno das eleições, que aconteceu no último
domingo, 30. “O inquérito policial deverá investigar se os bloqueios de
veículos realizados pela PRF em várias estradas, principalmente na região
Nordeste, no dia da votação, respeitaram a legislação e se não constituíram
ofensa ao livre exercício do direito de voto pelos cidadãos abordados”,
declarou o MPF em nota. Se for comprovado que isso de fato aconteceu, Silvinei
pode responder pelos crimes de prevaricação e de violência política. O MPF
pontuou que as “blitzes praticadas pela polícia não atenderam à ordem do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE)” e há uma suspeita de que elas podem ter
acontecido por orientação do diretor-geral da PRF. O
assunto repercutiu após eleitores relatarem nas redes sociais que estavam com
dificuldade de votar, pois estavam com dificuldade de chegar à zona
eleitoral. A investigação também vai averiguar se Silvinei se omitiu diante dos
bloqueios de rodovias que começaram acontecer em todo o país após Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) vencer as eleições que disputou com Jair Bolsonaro (PL),
que tentava a reeleição. “O fato pode caracterizar prevaricação e participação,
por omissão, nos crimes praticados pelos invasores das rodovias”, explicou o
MPF. Mais.
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