Desde a sua primeira experiência no
governo federal, o PT enfrentou problemas nas eleições para o cargo de
presidente da Câmara dos Deputados. Em 2005, no primeiro mandato de Lula, o partido
e a base governista racharam, lançaram-se numa disputa fratricida e, assim,
abriram espaço para a vitória de Severino Cavalcanti, deputado de baixo clero e
figura histórica do Centrão. Em 2015, no segundo mandato de Dilma Rousseff,
petistas estrelados tentaram derrotar o MDB, legenda do então vice-presidente
Michel Temer, mas fracassaram no páreo, vencido pelo deputado Eduardo Cunha.
Cada uma dessas derrotas resultou em dificuldades para os presidentes da
República de turno, sendo a mais conhecida delas a abertura do processo de
impeachment contra Dilma. Eleito para o seu terceiro mandato no Palácio do
Planalto, Lula conhece essas histórias nos detalhes e, aparentemente, fará de
tudo para não repeti-las. Ele já declarou que não se meterá na próxima eleição
para o comando da Câmara, pediu ao PT para que não lance candidato ao posto e
abriu negociação para apoiar a reeleição de Arthur Lira (PP), um dos principais
aliados de Jair Bolsonaro. Mais.
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