Boa parte da mídia decretou um empate. Afinal, Lula nocauteou
Jair Bolsonaro no primeiro bloco, quando jogou na roda o tema da pandemia, mas
administrou mal seu tempo no último, quando o adversário o atacava com
corrupção, e deixou o presidente dar a última palavra.
As pesquisas feitas em tempo real junto a eleitores indecisos
indicaram leve vantagem de Lula - ainda que não sigam critérios científicos de
amostragem. Nas duas campanhas, o desabafo, ao final, foi: "Ufa!".
Afinal, ninguém morreu. E, apesar dos tantos palpites que se seguem a um evento
assim, não se sabe como cada frase, diálogo ou embate vai repercutir entre os
eleitores. Quase sempre, os efeitos são residuais.
Politicamente, porém, quase tão importante quanto o que foi
dito, lembrado e acusado ali, foi o que não foi dito. Embora tenham se chamado
mutuamente de "mentiroso" e feito acusações graves no debate da Band
deste domingo, Bolsonaro e Lula não deram golpes abaixo da linha da cintura.
Pareciam até duas ladies, se comparado o tom da discussão ao dos programas
do PT e do PL no horário eleitoral da TV. Mais.
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