Com receio de desgastes em um segundo turno que
os apresenta com índices semelhantes de rejeição, o ex-presidente Lula (PT) e o
presidente Jair Bolsonaro (PL) têm evitado detalhar propostas para a economia e
o combate à corrupção, deixando brechas para mudanças e guinadas em discursos.
Nas ocasiões recentes em que mencionaram publicamente pautas como a revisão da
tabela do Imposto de Renda (IR), mudanças na regra do teto de gastos e o
relacionamento com instituições como a Polícia Federal (PF) e a
Procuradoria-Geral da República (PGR), os candidatos buscaram acenar com
diretrizes sem se comprometer com uma fórmula específica. Para especialistas,
ambos tentam acenar a um eleitor mais cético quanto a suas candidaturas sem Lula
reapresentou nesta semana uma proposta de aumentar a faixa de isenção no IR
para R$ 5 mil, mirando um eleitorado de classe média. A ideia já havia sido
trazida pelo ex-presidente no início da corrida eleitoral, mas foi deixada de
lado após economistas ligados à campanha avaliarem que a iniciativa poderia não
ter efeito prático para reduzir a concentração de riqueza, por implicar em
reajustes de alíquotas também para outras faixas. Mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário