domingo, 26 de dezembro de 2021

“GUERRA SANTA” NA FESTA DE SANT’ANNA


 Presidente da parte religiosa da festa 1979, Antônio Ramos, o “Ramos Feirense”,  anunciou que as baianas não participariam  da procissão solene.

Imediata foi a reação de “Mãe” Socorro que já há alguns  anos formava no préstito com suas filhas de santo.

A “guerra mais ou menos santa” como defíniu o jornal Feira Hoje, culminou com a renúncia do presidente e chegou a dividir as autoridades religiosas.

O bispo Dom Silvério se posicionou do lado de Ramos ao afirmar no jornal que “a procissão é um ato litúrgico e não passeata, não é pagode nem folia”.

Ouvindo pelo mesmo jornal, Monsenhor Galvão apostou no sucesso  religioso e profano da festa que “é grande para que pequenos incidentes venham deslustrar o brilhantismo”. E terminou cutucando o bispo com um desabafo:

- A festa não depende do padre, não é do padre, não é de ninguém; é do povo, que cresceu demais para se preocupar com um episódio como um fio de cabelo que cai na sopa.

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