Por Fernando Brito
Em propaganda, é conhecida como “testemunhal” a peça que se
serve de uma personalidade conhecida para dar credibilidade a um produto.
Portanto, o vídeo de Jair Bolsonaro tomando um comprimido de hidroxicloriquina pode
ser considerado, na prática, como um “comercial” do suposto “remédio” para a
Covid-19.
Não é a primeira vez que Bolsonaro se presta a este papel.
Anos atrás, também contra todos os indicadores científicos, fez campanha – e um
projeto de lei – para que a fosfoetanolamina, aquela “pílula do câncer” que,
anos atrás, iludiu tantas pessoas de boa-fé e apiedadas de quem sofria com a
doença.
Ao dizer que “eu confio na hidroxicloroquina, e você?”,
Bolsonaro está claramente praticando o crime de charlatanismo, prometendo meio
de cura sem capacidade para isso.
Mas ninguém mais liga para isso, de tão acostumados que
estamos à insânia presidencial.
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