quarta-feira, 1 de julho de 2020

AUXÍLIO NÃO MUDARÁ BASE ELEITORAL DE BOLSONARO


Por Fernando Brito

Tema central das edições de hoje de O Globo e da Folha, a possibilidade de que Jair Bolsonaro, notoriamente mais fraco em termos políticos entre os mais pobres, possa mudar o perfil do seu potencial eleitorado com o auxílio emergencial dado durante a pandemia.

É claro que algum efeito político terá, e não poderia deixar de ser em um país onde a miséria é imensa e, pior, vinha ainda crescendo. Natural, portanto, a “melhora” da
aprovação de Bolsonaro entre as classes D e E registrada pelo Datafolha, até modesta, ao meu ver.

Mas é evidente que, ao contrário do Bolsa-Família, o auxílio emergencial – já o diz o nome – não é sustentável, não é estruturante, tem dificuldades no controle de seu pagamento e, por tudo isso, vai ter uma vida breve, ao menos se, como indicam as declarações de Paulo Guedes, não se modificar uma política econômica baseada na austeridade fiscal.

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