Capitaneadas pelo próprio Jair Bolsonaro no Twitter, as
matilhas fascistas espalham pela internet que o Dr. Davi Uip, chefe do staff
médico que assessora João Dória nas medidas restritivas adotadas em São Paulo
contra a epidemia de coronavírus tomou a tal hidroxicloriquina que o presidente
(seguindo o exemplo de Donald Trump) aponta como cura milagrosa para a doença.
Servem-se do ‘jornalismo policial” de José Luiz Datena
perguntando ao infectologista, que foi vítima do Covid-19 se ele “tomou ou não
tomou” a tal droga, o que, com todas as razões de ética médica e prudência
pública, o médico não respondeu.
Não cabe aqui discutir a eventual eficácia desta
substância – intoxicante e mortal, aliás, se não dosada com extrema cautela –
no tratamento. Possibilidade, em ciência, não é uma regra válida.
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