Por Roberto Brito
O Ministério Público precisa imediatamente abrir inquérito
contra o pastor Silas Malafaia, com pedido de detenção cautelar, pelo risco de
ele continuar praticando crimes contra a saúde pública.
Não por ele ser evangélico, como poderia ser católico,
budista ou muçulmano.
Mas por estar, deliberada expressamente, incitando os
moradores de favelas e outras comunidades pobres do Rio de Janeiro a saírem
normalmente para a rua, desprezando os perigos de uma pandemia que infectou já
um milhão de pessoas e matou 50 mil em todo o mundo.
O cidadão infringe todos os artigos do Código Penal sobre os
crimes contra a Saúde Pública, em especial o Art. 268, incitando à
desobediência das já poucas medidas preventivas que estão sendo adotadas para
proteger a população.
Há ordens legais para só abrir o indispensável e ele incita
explicitamente à desobediência. E olhem que, por sua formação de psicólogo, Malafaia
não tem sequer a desculpa da ignorância em Saúde.
Diz que não vai acontecer nada, por causa de Deus
(naturalmente um deus bonzinho apenas com os brasileiros), do clima e da
constituição física do brasileiro, “que é diferente de todas as demais”.
Acabamos de virar uma espécie diferente, o homo
brasiliensis.
Ontem, o UOL mostrou como Campo Grande, área pobre do Rio
onde é forte a influência de pastores evangélicos – ainda bem, nem todos
ensandecidos como Malafaia – com as ruas cheias e justificativas na base do
“Deus me protege” para as pessoas que se expunham desnecessariamente.
Não é possível que por medo eleitoral não se ponha paradeiro
a criminoso como Malafaia, que vão provocar a morte de pessoas, sabe-se lá com
que objetivo, talvez os mesmo dos quais acusa os que tomam as medidas de
precaução.
Assista, recortei um trecho, mas o original está aqui.
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