Por Fernando Brito
Entramos no carnaval da “milícia
doida”.
Hoje, a Veja mergulha o
governador Wilson Witzel no pantanal da morte do miliciano Adriano Nóbrega.
Ele teria recebido – segundo sua
mulher, Júlia Mello Lotufo, 2 milhões de reais em dinheiro vivo para sua
campanha eleitoral ao governo do Rio.
Também revelou a ela quem pediu e
quem recebeu as mochilas de dinheiro — repassado, nas palavras dele, como uma
espécie de investimento, um seguro que garantiria proteção para tocar seus
negócios clandestinos sem ser importunado pelas autoridades, especialmente a
polícia.
Witzel, claro, nega tudo e diz
que vai processar a viúva de Adriano.
Ela, diz que Witzel roeu a corda
da relação com o miliciano para colá-lo na testa dos Bolsonaro.
A revista traz mais: o fazendeiro
Leandro Abreu Guimarães, “que deu guarida a Adriano em sua fazenda no município
baiano de Esplanada” e que ajudou o ex-PM a fugir de um cerco policial na Costa
do Sauípe, aparece, sorridente, numa selfie com Jair Bolsonaro.
Não é nada, é claro, senão mais
uma coincidência das dúzias de “por acaso” que surgem na história das ligações
milicianas do presidente.
Que mais uma? Lauro Jardim a
traz: Paulo Catta Preta, advogado da família de Adriano é amigo antigo de Fred
Wassef, advogado de Flávio Bolsonaro no caso das rachadinhas.
— o 01 empregava a ex-mulher e a
filha de Nóbrega em seu gabinete de deputado estadual. Catta Preta, aliás, já
foi até advogado da ex-mulher de Wassef, Cristina Boner.
Ô mundo pequeno…
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