Por Fernando Brito
Particularmente, ateu desde criança, não me agrada o humor
com ícones religiosos. É iconoclastia fácil, seja com Alá, seja com Jesus
Cristo.
E humor fácil é muito menos engraçado.
Não vi e não me atrai ver o “especial de Natal” do grupo
Porta dos Fundos, embora não veja diferença entre isso e o “Código da Vinci”,
todo baseado na hipótese de um filho natural ( e gerado por ato sexual,
portanto) de Jesus.
É minha opinião e, portanto, não vai além de ser minha
opinião, jamais ser uma determinação ao comportamento e ao gosto dos outros.
(Título, aliás, de um ótimo filme da francesa Agnès Jaoui sobre diversidade,
tolerância e respeito)
Esta história é velha para nós, que a tivemos com mais arte
e metáfora na proibição do “Je vous salue, Marie”, de Jean-Luc Godard, em 1985.
Repare, 35 anos atrás.
O que era um discussão metafórica, como a do filme, está,
hoje, numa discussão sobre caricatura. MAIS
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