domingo, 8 de setembro de 2019

AQUELA CÂMARA MUNICIPAL


Antes de fixar residência em Feira e de se tornar pecuarista em Camisão, nome antigo de Ipirá, João Mamona, falecido em setembro de 1959, vivia nas Umburanas, sendo durante o Estado Novo um daqueles coronéis de fazer valer suas ações.

Caboclo grandalhão, forte, alegre, otimista, Mamona era apenas o sobrenome no registro, pois na verdade era um jequitibá e tinha disposição para qualquer tipo de luta. Velho amigo de Getúlio Vargas, o presidente sempre o distinguia mesmo quando estava entre  a multidão dos comícios.

João Mamona foi vereador nesta cidade, com destacada atuação na 2ª legislatura, instalada em 1951, sendo inclusive o responsável pela criação na câmara municipal, da Biblioteca Francisco Sales Barbosa, homenageando o grande jornalista e poeta feirense..

Contem que Mamona estava discursando na câmara e sem que tenha  concedido aparte, foi interrompido pelo vereador Tito Machado, tio de Franklin Machado, com duras criticas ao tema abordado pelo orador. Irritado com a intromissão indevida, Mamona bradou causando risos na plateia:

- Acabo de ser interrompido pelo machado cego.


Houve sururu no plenário da câmara porque Tito Machado, sempre ferino, devolveu a ironia dizendo ao grandalhão João Mamona:

O Machado é cego, excelência, mas serva para derrubar mamona...



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