Antes de fixar residência em Feira e de se tornar pecuarista
em Camisão, nome antigo de Ipirá, João Mamona, falecido em setembro de 1959, vivia
nas Umburanas, sendo durante o Estado Novo um daqueles coronéis de fazer valer
suas ações.
Caboclo grandalhão, forte, alegre, otimista, Mamona era
apenas o sobrenome no registro, pois na verdade era um jequitibá e tinha
disposição para qualquer tipo de luta. Velho amigo de Getúlio Vargas, o
presidente sempre o distinguia mesmo quando estava entre a multidão dos comícios.
João Mamona foi vereador nesta cidade, com destacada
atuação na 2ª legislatura, instalada em 1951, sendo inclusive o responsável pela
criação na câmara municipal, da Biblioteca Francisco Sales Barbosa,
homenageando o grande jornalista e poeta feirense..
Contem que Mamona estava discursando na câmara e sem
que tenha concedido aparte, foi
interrompido pelo vereador Tito Machado, tio de Franklin Machado, com duras
criticas ao tema abordado pelo orador. Irritado com a intromissão indevida, Mamona
bradou causando risos na plateia:
- Acabo de ser interrompido pelo machado cego.
Houve sururu no plenário da câmara porque Tito
Machado, sempre ferino, devolveu a ironia dizendo ao grandalhão João Mamona:
O Machado é cego, excelência, mas serva para derrubar
mamona...
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