A tentativa de revisionismo da história para favorecer a
memória da ditadura militar brasileira pode se tornar perigoso se atitudes não
forem tomadas para conter os anseios autoritários
Por José Carlos
Somente na semana que passou, o presidente Jair Bolsonaro
(PSL) ofendeu a memória de um desaparecido político para atacar o presidente da
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, trocou membros da
Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, colocando no seu
lugar correligionários, atacou a Comissão da Verdade e classificou como
“balela” documentos sobre mortos na ditadura. A tentativa de revisionismo da
história para favorecer a memória da ditadura militar brasileira não é, em si,
uma novidade vinda de Bolsonaro. No entanto, é algo que pode se tornar perigoso
se atitudes não forem tomadas para conter os anseios autoritários que o
presidente traz na esteira dessas declarações. O alerta é feito por José Carlos
Moreira da Silva Filho, professor no Programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais
na PUCRS e ex-vice-presidente da Comissão de Anistia, órgão criada em 2002 com
o objetivo de reparar as vítimas de atos de exceção cometidos pelo estado
brasileiro. MAIS
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