quarta-feira, 7 de agosto de 2019

TRANSFERÊNCIA DE LULA TEM CHEIRO DE VINGANÇA “MORAL”


Por Fernando Brito

Quase 500 dias depois de sua prisão e a menos de dois meses de completar-se o prazo para que – mesmo sem decisão do Supremo sobre a nulidade do processo – o regime carcerário de Lula progrida para o semiaberto ou aberto, qual a razão da decisão da juíza Carolina Lebbos, de Curitiba, determinar a transferência do ex-presidente para São Paulo?

Urgência não há, porque o pedido de transferência foi feito em abril do ano passado e ficou pendente de decisão até hoje.

Há um indisfarçável cheiro de revanche da “alma morista” – senão do próprio – na criação de um clima de prazer mórbido, excitando a matilha para agitar-se no desejo que Lula seja lançado num presídio, num clima de humilhação que a mídia, claro, irá saborear.

Pode, porém, ser um tiro pela culatra e apressar o exame, pela 2a. Turma do Supremo, do pedido de suspeição de Sérgio Moro, o que traria consequências para a detenção do ex-presidente. Com Moro em baixa e os atropelos à lei pelo Ministério Público – já inegavelmente marcado pela animosidade com o STF, tudo pode provocar surpresas.

Mais ainda se, como parece, ficar claro que a Justiça Federal de Curitiba continua a perseguir os efeitos político-midiáticos de suas decisões. COMENTÁRIOS

Nenhum comentário:

Postar um comentário