Por Fernando Brito
Bela Megale, em O Globo, anuncia que a Secretaria de
Comunicação da Presidência da república vai pagar -vai no popular – uma “jabá”
para a apresentadora Luciana Gimenez e Carlos Roberto Massa – o Ratinho – para defenderem, em seus programas, a reforma
da Previdência que Jair Bolsonaro mandou ao Congresso.
Os valores não foram divulgados, mas não deve ser pouco,
tendo em vista que ambos se desgastam ao exporem sua imagem assim, perante o
público.
Não é preciso muito para argumentar sobre a imoralidade de se usar dinheiro
público para criar estados de ânimo na população destinados a pressionar – ou,
ao menos, “amaciar” – deputados e senadores. Ou usar concessões públicas, os
canais abertos de televisão, para interferir no voto dos parlamentares.
Muito provavelmente, isso será barrado na Justiça de 1ª
instância, mas só está acontecendo porque a senhora Cármem Lúcia, em 2017,
derrubou um mandado de segurança que havia proibido o Governo Temer de veicular
propaganda pró-reforma.
Ela merece mesmo ficar orgulhosa de ser a “madrinha” do
“jabá” de Ratinho e Luciana Gimenez.
O chefe da Secom-PF, Fábio Wajngarten, colocado no posto por
Carlos Bolsonaro, comandou a ação de merchandising, que inclui, é claro,
convites “espontâneos” para que o pai vá dar-lhes “entrevistas” para atacar os
“vagabundos” que querem a “moleza” de se aposentarem depois de 35 anos de
trabalho duro.
O general Santos Cruz, superior hierárquico de Wajngarten,
vai ficar no “vácuo”, outra vez.
É a liberdade de imprensa em ação, não é mesmo?
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