Por Fernando Brito
Tales Faria, em seu blog no UOL, diz que “os encontros que
presidente Jair Bolsonaro começou a realizar com presidentes de partidos
políticos chegou tarde e já não terão o efeito esperado: de trazer as legendas
para a base de apoio do governo no Congresso”.
Tem razão e tem razão nas observações que faz a seguir, de
que Câmara e Senado tomaram o freio nos dentes e prertendem transferir o centro
das decisões para o Congresso, numa
espécie de “parlamentarismo branco”, de fato.
Não se interessam por partilha da máquina administrativa
pois, relata Tales, “pois não acreditam que venha nada de significativo do
Planalto”.
Que este parece ser o roteiro, é cada vez mais evidente.
A pergunta obrigatória, a seguir, é se este país pode
funcionar nesta situação esdruxulamente hibrida, onde o parlamento legisla como
quer e o governo não governa, como quer o presidente da República, que parece
mais interessado em tuitar pautas morais, ocupar-se com a desativação dos
radares nas rodovias e discutir a orientação ideológica do nazismo.
Depois de quatro anos de retração ou estagnação econômica,
isso pode funcionar?
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