Por Fernando Brito
Do mestre Janio de Freitas, para quem ainda não entendeu o
que está sendo jogado na crise do STF:
Por mais que a atual composição do Supremo possa ser
insatisfatória, na média, para o devido pelo mais alto tribunal, por certo o é
também para o plano de extrema direita. Por isso, Bolsonaro e os direitistas
que o circundam incluíram no projeto da Previdência, apresentado por Paulo
Guedes, a antecipação de cinco anos na aposentadoria compulsória de ministros
dos tribunais superiores. Do Supremo, pois. Se aprovada, a antecipação
permitirá a Bolsonaro nomear ministros ao seu feitio. São citados, aliás, para
a primeira nomeação, João Gebran, desembargador da corrente extremada no
Tribunal Regional Federal do Sul, e depois, claro, o retribuído Sergio Moro.
Desgaste maior do Supremo, portanto, fortaleceria o plano da
extrema direita. Duvidosa embora, para muitos estarrecidos com a série de
decisões decepcionantes do tribunal, ainda é lá que permanece a possibilidade
de dificultar-se o plano medievalesco personificado em Jair Bolsonaro.
Ter personagens como Dias Toffoli, Alexandre de Moares e
Gilmar Mendes como guardiões da institucionalidade é, convenhamos, desaminador.
Mas é o que temos.
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