domingo, 21 de abril de 2019

JANIO E O STF: “RUIM COM ESTE, PIOR SEM ELE”


Por Fernando Brito

Do mestre Janio de Freitas, para quem ainda não entendeu o que está sendo jogado na crise do STF:

Por mais que a atual composição do Supremo possa ser insatisfatória, na média, para o devido pelo mais alto tribunal, por certo o é também para o plano de extrema direita. Por isso, Bolsonaro e os direitistas que o circundam incluíram no projeto da Previdência, apresentado por Paulo Guedes, a antecipação de cinco anos na aposentadoria compulsória de ministros dos tribunais superiores. Do Supremo, pois. Se aprovada, a antecipação permitirá a Bolsonaro nomear ministros ao seu feitio. São citados, aliás, para a primeira nomeação, João Gebran, desembargador da corrente extremada no Tribunal Regional Federal do Sul, e depois, claro, o retribuído Sergio Moro.

Desgaste maior do Supremo, portanto, fortaleceria o plano da extrema direita. Duvidosa embora, para muitos estarrecidos com a série de decisões decepcionantes do tribunal, ainda é lá que permanece a possibilidade de dificultar-se o plano medievalesco personificado em Jair Bolsonaro.

Ter personagens como Dias Toffoli, Alexandre de Moares e Gilmar Mendes como guardiões da institucionalidade é, convenhamos, desaminador. Mas é o que temos.

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