Por Fernando Brito
A Folha de hoje dá conta de que o Supremo Tribunal Federal e
o Tribunal de Contas da União deverão barrar o acordo firmado entre a Petrobras
e a “República de Curitiba”, que transfere R$ 2,5 bilhões – bilhões mesmo – da
empresa estatal para um “fundo” gerido por gente indicada pela Força Tarefa da
Lava Jato, supostamente destinado a “projetos sociais e morais”.
Palmas para Luís Nassif, que mostrou este absurdo, com o
qual a grande imprensa tem sido leniente, apesar de iniciativa semelhante já
tivesse sido barrada anos atrás pelo ministro Teori Zavascki, que bloqueou a
intenção da Lava Jato de ficar com 20% do valor recuperado das contas de Paulo
Roberto Costa.
Àquela altura, porém, o bico era muito menor: cerca de R$ 80
milhões. Agora, com os R$ 2,5 bilhões, a turma de Curitiba ficaria virtualmente
no comando de uma fortuna que se equipara ao Orçamento da Própria Procuradoria
Geral da República, que é de R$ 4 bi, quase todo comprometido em pagar
vencimentos e vantagens aos promotores, inclusive os da Lava Jato.
É importante que seja apresentada logo a ação com que o PT
proporá a derrubada do estranho “acordo”, e com pedido de liminar bloqueando as
contas onde está esta dinheirama, para evitar que ela comece a ser usada, ainda
mais a quatro meses da eleição para a escolha do novo procurador-geral. COMENTÁRIOS
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