Por Fernando Brito
Fosse uma escola de samba, a esta
altura já se poderia dizer que, desde o início do desfile, o governo Jair
Bolsonaro vem mostrando que atravessa o seu samba passadista.
Não é de todo imprópria a
comparação, porque, afinal, todos percebem que este governo está composto de
alas bem diferentes entre si.
Tem de tudo, desde a comissão de
frente do bolsonarismo neanderthal, o abre-alas do fundamentalismo religioso –
onde Damares Alves é o destaque no alto do carro alegórico em formato de
goiabeir- , os personagens da escolinha do Professor Olavo e o Cérbero
familiar – onde uma cabeça dá
“mordidas”, outra rosna e a terceira baba ódios
Tem também a ala do “Bandido bom
é bandido morto”e a da “A Justiça sou
Eu”, que pretendia poder evoluir sob a batura de Sérgio Moro, mas deu chabu e
está murcha e temerosa, até porque pode ser dissolvida por um cabo e um
soldado, com ou sem jipe. A imensa ala militar, que é a que ocupa mais espaço,
anda desanimada, embora o seu porta-bandeira Hamílton Mourão receba muita
atenção.
Mas, ao contrário do que se
esperava, o cortejo não foi capaz de levantar a platéia com seu espetáculo
chinfrim. MAIS
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