Por Fernando Brito
O Estadão publica, agora à tarde, o que diz ser o rascunho
da reforma previdenciária urdida pelo Ministério da Fazenda.
E o que ela contém é explosivo: idade mínima de 65 anos para
homens e mulheres, obrigatórios, independente do tempo de contribuição.
Não há notícia sobre regra de transição, o que não é
desejado pela Fazenda, par ter efeitos rápidos.
Mínimo de 40 anos de contribuição (o que, na prática,
representa uns 45 anos de atividade)
para ter direito ao valor integral do benefício, mesmo com a redução que
hoje já tem.
Idosos de baixa renda receberão menos que o mínimo: “pessoas
que comprovem estar em condição de “miserabilidade” terão assegurada uma renda
mínima de R$ 500, quando tiverem 55 anos ou mais, ou R$ 750, caso tenham mais
de 65 anos. Pessoas acima de 70 anos e com dez anos de contribuição terão
assegurada uma prestação extra de R$ 150.”
A dose é cavalar e não há possibilidade de que os
parlamentares as aceitem a seco.
É possível que a turma do Planalto esteja embriagada com a
vitória de Davi Acolumbre e ache que “tá tudo dominado”, mas é improvável que a
maioria dos deputados queira aderir de cara a uma reforma que passou do
impopular para o cruel.
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