Por Fernando Brito
Na entrevista que deu ao SBT, aquele
que já está ficando conhecido como Sistema Bolsonaro de Televisão, Jair
Bolsonaro aumentou o tamanho do desastre.
Disse que vai “flexibilizar” também o
porte – e não apenas a posse – de armas pelos cidadãos.
Quer duas armas por pessoa, no melhor
estilo dos filmes de cowboy.
E até seis para os “seguranças”.
Um arsenal.
Com o porte nas ruas liberado, o
perigo já não é o vizinho armado.
É a “fechada” no trânsito, o rapaz
que sai da balada “mamado” ou “cheirado”. O cara que não gostou do olhar para a
namorada. O cara que estaciona prendendo
o seu carro.
Bolsonaro disse que haverá um
critério para a liberação da compra de armas:
Ele [Moro] falou município. Como tem município
que não tem muita estatística, eu falei estado que, por exemplo, o número de
óbitos por 100 mil habitantes, por arma de fogo, seja igual ou superior a 10,
essa comprovação da efetiva necessidade é um fato superado, ele vai poder
comprar sua arma de fogo”.
Sabe quantos são os estados que têm
taxa de mais de 10 homicídios por 100 mil habitante?
Todos, sem exceção.
Algumas pessoas, com bons argumentos,
dizem nas redes que as loucuras deste governo são cortina de fumaça para que
não se discuta o que vão fazer ao país e aos direitos da população.
Desculpe, pode ser verdade.
Mas não dá para deixar de lado a
insânia desta gente que promove a violência, porque liberar o trezoitão na
cintura é pura violência.
Bolsonaro é um homem com um
coeficiente de civilização insuficiente para o exercício da função pública.
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