Por Fernando Brito
Na manchete da Folha, o retrato que só os bobos ainda não
viram.
Um governo Bolsonaro – que Deus nos livre! – terá uma
divisão de tarefas bem estabelecida.
O capitão e seus gladiadores distraem a platéia
transformando o país numa arena romana, com a turba decidindo quem, quantos e
como devem ser mortos.
Enquanto isso, os coletores de impostos, os publicanos da
Bíblia, tomam conta do dinheiro, o deus que de fato adoram.
Ou por que “valores morais” e “patriotismo esta gente
estaria sendo recrutada e a área econômica do governo já se vai loteando?
Diz o jornal, para que os bobos sigam sendo bobos:
Embora ganhem muito mais na iniciativa privada, os
executivos estariam dispostos a ir para o governo como forma de colaborar com a
agenda liberal comandada por Guedes, segundo colaboradores de Bolsonaro. Um dos
argumentos usados para atraí-los é a garantia de que poderão trabalhar sem
interferência política.
Pausa para uma sonora e trágica gargalhada.
Tem até um Roberto Campos Neto, descendente do Bob Fields de
1964, que arranjaram no Banco Santander.
Falta só a campanha “Dê ouro pelo bem do Brasil”, uma
picaretagem montada em conjunto pelos Diários Associados de Assis
Chateaubriand, que trocava as alianças de ouro dos casais de classe média por
anéis de latão, em tese para salvar nossas reservas cambiais (na época, o
padrão era o ouro, não o dólar). A dinheirama,
claro, ninguém sabe e ninguém viu o rumo
que tomou.
O capitão e os generais que ele vive trocando os nomes ficam
com a tarefa de botar a peia nas patas da vaca Brasil e, “sem interferência
política”, a turma da bufunfa ordenha o bichinho.
Tudo bem enquanto a turma “bombada” estiver se satisfazendo
com o seu sadismo.
Mas daí a pouco “vão querer também”.
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