segunda-feira, 3 de setembro de 2018

TROCA DE OFENSAS ENTRE CANDIDATOS É SINAL DE QUE VÃO MAL


Por Fernando Brito

Enquanto a imprensa acha “pouco” o fato de que o TSE tenha negado a Lula o direito de ser candidato e cobra que o PT o faça sumir de seus programas de rádio e televisão, o tom sobe e o nível baixa entre os demais concorrentes.

Ciro Gomes  diz que Alckmin “deixa roubar”.

Alckmin reponde que Ciro é um “aloprado fujão”.

E, para Bolsonaro, solta um vídeo onde ele chama mulheres de idiotas, vagabundas e espalma a mão enquanto diz “dá que eu te dou outra” à deputada Maria do Rosário.

Bolsonaro diz que Alckmin é o “cara acusado de roubar a merenda de nossos filhos”.

E, no Acre, promete, segurando um tripé de câmara de TV, “metralhar a petralhada”.

Como se vê, a campanha vai seguindo em altíssimo nível.

Com quase 40 anos de acompanhamento de campanhas, garanto que isso só sinaliza uma coisa: desespero.

Todos eles têm trackings diários, minipesquisas com que mapeiam o comportamento do eleitorado.

E, quando partem para a agressividade, é sinal de que as coisas não estão indo bem.

Sabem que têm de se engalfinhar para disputar metade do eleitorado, pois a outra metade segue sólida com Lula.

O Ibope sai amanhã, o Datafolha na quinta.

O único que pode esperar para crescer chama-se Fernando Haddad.




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