Por Fernando Brito
Não é só na questão do auxílio-moradia que o Judiciário
Brasileiro perdeu o pudor.
Agora resolveu que suas decisões – que, aliás, desconsideram
o que está escrito expressamente na lei sobre candidatos cujo registro foi
negado conservarem este direito até o trânsito em julgado da negativa – não podem ser criticadas.
No despacho que proibiu as inserções e programas da chapa PT/PCdoB/Pros, o
todos-poderosos Carlos Horbach e Luiz
Felipe Salomão acusam os programentes de colocarem em dúvida a “autoridade
desta Justiça especializada para conduzir o pleito em curso à luz do
ordenamento jurídico vigente”.
É uma inversão completa do direito, pois, desde que seja
obedecida – e está sendo – qualquer decisão judicial pode ser criticada, porque
não existe “jurisdição de consciência” sobre a cidadania.
A Era Moro fez à Justiça brasileira um mal do qual só agora
vai se podendo avaliar a extensão: transformou muitos juízes em tiranetes, que
deixaram de lado a lei, a serenidade e e passaram a praticar o “não pode porque
eu não quero”. COMENTÁRIOS
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