Por Fernando Brito
Saíram os recortes da pesquisa Ibope de ontem.
A onda que vem do fundo do povo, por lá, está virando um
tsunami.
Em uma semana, entre os eleitores de escolaridade mais baixa
– sabe, aqueles que a elite achava que não iam nem saber falar o nome do Haddad
– ele passou de 6% para 24% (até a 4ª série do ensino fundamental).
É isso mesmo: quadruplicou, em uma semana, suas intenções de
voto. No restante do ciclo (5ª a 8ª séries), pulou de 9% para 23%!
Igual no povão de caixa baixa mas de cabeça erguida: entre
os eleitores com renda de até um salário mínimo, passou de 10% para 27% das
intenções de voto. E entre os de um a dois, saltou de 8% para 17%.
No Nordeste, diria Lula, é “o espetáculo do crescimento”:
Haddad avançou de 13% para 31% em apenas sete dias.
Para um velho brizolista lembra os tempos em que, aqui,
sabíamos que iam entrar em cena os votos da Zona Oeste – Campo Grande, Bangu,
Santa Cruz…- e iriam varrer o elitismo da Zona Sul.
Há uns dez dias, disse a um bom amigo petista, apavorado com
o “será que vai dar tempo?” para a transferência dos votos: confie no povo!
Aí está: passou-se só uma semana desde que Haddad pôde se
formalizar como o candidato do Lula e temos um dos mais fantásticos processos
de transferência de votos já vividos no Brasil.
A sabedoria do povão não vem das “tretas” da classe média e das elites com seus sempre
complicados raciocínios. Nem dos
espertalhões que, pela mídia, acham que vão torna-lo um dócil rebanho.
Vem da vida, das experiências, de saber que são os seus e
que são os “deles”.
Viva o povo brasileiro!
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