Por Fernando Brito
O episódio da autocensura do Ibope e do Datafolha com as
pesquisas que iriam divulgar hoje e sexta-feira é dos casos antológicos que vão
entrar, com destaque, no imenso livro das vergonhas da imprensa brasileira.
Não, não são os institutos de pesquisa os contratantes e,
portanto, os donos da pesquisa;
São órgãos de imprensa (Globo e Folha) os contratantes e,
por isso, os responsáveis pela divulgação dos resultados.
Perguntas não são retiradas por decisão do contratado,
exclusivamente, como não são colocadas por ele.
É quem encomenda a pesquisa
quem define o que se quer saber.
E quem divulga os resultados, porque é o comprador da
pesquisa.
Foram, portanto, as duas empresas de comunicação que “resolveram”
que não se deveria saber quanto Lula alcançou – ou alcançaria – nos levantamentos, regularmente registrados
e, na data em que o foram, com a obrigação até mesmo legal de conterem o nome
do ex-presidente.
É o mesmo que Globo e
Folha, os “campões da liberdade” e os lutadores incansáveis pela “não
intervenção do Estado irem pedir a este Estados: ‘proíba-nos, proíba-nos já de
divulgar informações, porque precisamos de cobertura para praticar a censura,
em nome de nossos interesses”. MAIS
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