Por Fernando Brito
É provável que o “neo” Datafolha, planejado para sair na
segunda-feira, mostre índices inéditos para Jair Bolsonaro, na esteira da
megaexposição que recebeu depois da agressão a faca em Juiz de Fora.
É natural, previsível.
Como é natural algum crescimento da candidatura de Fernando Haddad, fruto de uma exposição –
ainda precária e pequena – nos horários eleitorais.
O crescimento de Bolsonaro implica, provavelmente, em
prejuízo para Geraldo Alckmin, principalmente e em menos espaço fora do
eleitorado de Lula para Marina Silva e Ciro Gomes.
Este eleitorado, fidelíssimo, do ex-presidente começará a
saber, em grande escala e abertamente, que Fernando Haddad é Lula na urna.
O programa de TV da terça-feira já será totalmente o do
Haddad, candidato do Lula.
Vai daí que os últimos 26 dias de campanha eleitoral tendem
a se transformarem numa polarização entre os eleitores de Lula/Haddad e os de Jair Bolsonaro.
Se ainda havia alguma dúvida de que a direita poderia obter
a chance de ter um candidato “convencional” no segundo turno, a faca de um
ensandecido, ontem, em Juiz de Fora, matou-a.
29 anos depois, teremos o embate entre um Lula rejuvenescido
na figura de Haddad e um Collor envelhecido na imagem de Bolsonaro.
Fácil? Não, de jeito algum. Haverá um terceiro personagem,
presente e decisivo em 1989: a Globo.
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