Por Fernando Brito
A Folha publica, sem dizer o nome do alvo que a “Bolsa cai
quase 1% com rumores de delação premiada contra presidenciável” acrescentando
que o dólar, que abriu a R$ 3,717 e
chegou a cair para R$ 3,704, fechou em alta de 0,93%, cotado a R$ 3,767″.
Manchete onde se conta o milagre sem dizer o santo, no meu
tempo, não era jornalismo mas, vá lá, mudaram os tempos e não mudei eu.
Para saber do que se trata o distinto leitor e a aguda
leitora têm de ir à página do Valor – que já pertenceu à Folha – para saber que
o santo, provavelmente é aquele que recebeu este codinome na suposta lista de
propinas da Odebrecht, embora não se diga, expressamente.
Lá, na capa, diz-se que a “Defesa de ex-presidente da Dersa
da gestão Alckmin nega delação” (premiada). Contra o candidato do PSDB, é
óbvio, pois a Folha aceitou um “segredo de Polichinello”.
Preso e denunciado por corrupção no trecho Norte do
Rodoanel, o ex-diretor-presidente da Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) e
ex-secretário de Transportes no governo Geraldo Alckmin (PSDB) Laurence
Casagrande Lourenço não está em tratativas para um acordo de delação premiada,
segundo sua defesa. “Negamos categoricamente que Laurence Lourenço esteja
negociando acordo de colaboração premiada”, afirmou o advogado Eduardo Carnelós
em nota enviada por sua assessoria de imprensa.
Ao Estadão, a defesa chega a usar a expressão “mentira
nojenta” sobre a delação.
Haja ou não tratativa para isso, o fato deixa claro que há
forças se movendo no submundo da Polícia Federal ou do Ministério Público (ou
de ambos) cuidando de preparar munição contra o ex-governador paulista, que
adotou a estratégia de partir para cima de Jair Bolsonaro.
Naquelas áreas, como se sabe, não faltam “míticos” e não
inofensivos como os “minions”.
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