Por Fernando Brito
O triste espetáculo de Míriam Leitão, repetindo, tatibitati,
a nota da Rede Globo, ao final (espichado) da entrevista de Jair Bolsonaro foi
um dos mais deprimentes episódios da TV dos tempos recentes.
Não precisaria ter sido, porque Miriam tem traquejo,
experiência e autoridade dentro da emissora suficiente para que pudesse resolver
a situação.
Pedir um “brake”, pedir a nota por escrito e ler, com o
texto na mão, deixando claro que era um editorial e não gaguejando, com olhos
de vidro, num humilhante “jogral”. Um robô, nitidamente.
Deprimente, mas dentro do limite flácido da dignidade de
quem já aceitou reproduzir a voz do dono da emissora, informalmente, mas que,
como profissional, deveria saber colocar
o tom que até mesmo um Cid Moreira – que não era jornalista, mas apenas locutor
– se obrigava a fazer.
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