Por Fernando Brito
Laís Alegretti e Ranier Bragon, hoje, na Folha, pintam um
retrato da insensibilidade das elites brasileiras e de seus tecnocratas.
É o decreto em gestação no Governo Temer que suspende o
Benefício de Prestação Continuada – o BPC, pago a idosos e deficientes sem
fontes de renda mínima de subsistência, estipulada em R$ 238,50 por pessoa da
família – no caso de que se verifiquem
“inconsistências ou insuficiências cadastrais que afetem a avaliação de
elegibilidade do beneficiário”.
Ou seja, “em caso de dúvida, passem fome”.
O decreto esmera-se na perversão: o beneficiário vai ser
avisado do corte por uma método genial: no dia em que chegar na lotérica ou no
caixa bancário e sua “merreca” estiver indisponível. Logo ele, que estava para
sair dali para a venda, para comprar o “dicumê”.
Quem sabe consegue um fiado do vendeiro, não é?
Mas isso não é tudo.
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