Por Fernando Brito
Na formatação das candidaturas e de suas alianças, ninguém
duvida, estamos assistindo a um negócio.
Tomemos, potanto, esta lógica de negócios para refletir.
Michel Temer é o dono do “centrão”, porque o “centrão” é o
dono do governo.
Tanto que a sua determinação de que parassem as gracinhas
com Ciro Gomes foi ordem dada e executada.
Agora, o “centrão” é o dono de Geraldo Alckmin, pois é dono
de très quartos de seu grande “tesouro” eleitoral, o tempo de televisão.
Um velho cartesiano feito este que escreve não esquece
daquela tautologia lógica: Se A é igual
a B, se B é igual a C, então A é igual a C.
Donde, como naquele tempo em que se escrevia abaixo das
deduções matemáticas o CQD ( de como
queríamos demonstrar), pode-se concluir que Michel Temer é o dono de Geraldo
Alckmin.
Passa-se à segunda propositura lógica: se Michel Temer é o
dono do PMDB e Henrique Meirelles é o candidato do PMDB, logo Henrique
Meirelles é candidato enquanto Michel Temer quiser que ele seja.
Pois Henrique Meirelles não é seu candidato, exceto para o
papel canhestro de vestir a camiseta do “Eu sou Temer” e receber as pedradas,
enquanto Geraldo de Tróia entra protegido pelo Cavalo do Centrão.
O resumo da ópera é que, agora, há um candidato de situação
– Alckmin – a se apresentar junto com um
candidato de simulação (ou decorativo, se preferirem): Meirelles.
E um dono de ambos: ele mesmo, Michel Temer.
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