quarta-feira, 4 de julho de 2018

NESTE ANO ELEITORAL, ANTIGAS LEMBRANÇAS


Mesmo com a justiça eleitoral fixando mandato de apenas dois anos (1971/1972), a disputa municipal de 1970 repetiu as emoções das anteriores.
Candidato da Arena,  o banqueiro Newton da Costa Falcão aproveitou o clima de euforia pela conquista do Mundial do México e contratou Miguel Gustavo, o mesmo do “Pra frente Brasil, salve a seleção” para compor a música de sua campanha eleitoral.
Logo a cidade foi invadida por potentes carros de som tocando na sede e nos distritos:
“Antônio Carlos já é governador, agora e Newton Falcão, pra mostrar nosso valor. Falcão vai ganhar de primeira, prefeito do povo, prefeito da Feira”.
Candidato do MDB, partido de oposição ao regime,  o bancário José Falcão da Silva não tinha recursos para a campanha, mas precisava colocar o bloco na rua.
Arranjou alguns  “trocados” com os amigos, comprou um fusquinha usado e instalou um som que mais parecia um “cochicho”.
Dirigido por Lúcio Bonfim, quando chegava aos bairros populares homens e mulheres nas janelas e nos passeios  pulavam ao som da marchinha que ficou famosa:
- Não adianta pedir, não adiante dá a mão, meu voto é e José Falcão...

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