Por Fernando Brito
Nos jornais de hoje, várias
matérias sobre a repetição de um “Efeito Lula” no descontrole da economia, como
nos estertores do governo FHC, e sobre
Ciro Gomes ser “o pavor do mercado“, refletindo o que seriam os temores dos
financistas com as eleições presidenciais.
O único fato que não se quer ver,
claro, é que a eleição presidencial só não tem um vencedor anunciado e a
garantia de que não levarão o país a aventuras – ou a um confronto entre o
candidato disposto a implantar uma ditadura e a ditadura da toga já implantada
– porque eles próprios a deformaram com a provável retirada de Lula da disputa
eleitoral.
Todos, inclusive os mais figadais
inimigos do lulismo, sabem que qual seria o resultado de urnas com Lula.
E, da mesma forma, sabem que Lula
faria um governo – embora certamente mais incisivo e sem tantas ilusões
“republicanas” – sem guinadas abruptas, sem mudanças abruptas e com mais
diálogo – e diálogo mais confiável – com os agentes do capital.
Como antes, Lula representaria
muito mais uma mudança de médio e longo prazo para o Brasil e muito menos a
expectativa de que (com objetivos diferentes, fique claro) Bolsonaro e Ciro
realizem, legitimados pela eleição, um governo de natureza imperial nos
primeiros meses de eventuais governos seus. CONTINUE LENDO
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