Por Fernando Brito
A direita brasileira, com todos os seus doutores e penas de
aluguel não consegue ver na vigília por Lula em Curitiba e, hoje, na multidão
que se deslocou para a capital paranaense aquilo que elas são: uma romaria.
Acham, também que deixando de publicar imagens como a que se
posta acima, estes milhares de pessoas deixarão de existir.
Há quase um mês mantêm Lula dentro de uma quase solitária na
Polícia Federal, mas Lula nunca esteve tão presente nas ruas, nas conversas
populares, no imaginário coletivo.
Mas ainda estará à medida em que a situação do país for se
deteriorando, como já é perceptível.
O país não tem governo, não tem perspectivas, não tem sequer
candidatos capazes de representar esperanças. Tem, aliás, apenas um, que
representa o ódio, única resposta que têm aos dramas do país.
Para eles, os pobres são preguiçosos, os nordestinos são
indolentes, os moradores do prédio que pegou fogo são bandidos, os favelados
são ladrões, enfim, as vítimas são os culpados pelos sofrimentos por que
passam.
Pois Lula, que era um símbolo, está sendo transformado em
mártir, em lenda, porque ela é a expressão fantástica de desejos que, ao
contrário dos homens, não se se pode prender.
Desde o início escrevi aqui que o ex-presidente é mais livre
do que seus algozes.
Lula está preso, mas eles estão mais ainda, porque não se
livraram dele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário