terça-feira, 3 de abril de 2018

NESTE ANO ELEITORAL, ANTIGAS LEMBRANÇAS


As campanhas políticas se aprestam,
E os senhores, prováveis candidatos,
Nossos votos riquíssimos requestam,
E, unem-se ao povo, como carrapatos.
Já muitos antegozamos mandatos,
E, a cada frase, um colorido emprestam,
Com ares de futuros literatos...
Esses tais candidatos nunca prestam.
Outros, se, dantes, eram solitários,
Imiscuem-se nos bairros periféricos,
Trilham novos, novíssimos caminhos,
E, aliciando, e, conquistando um mundo,
Vão prometendo, com olhar profundo, 
Até alambique para os pobrezinhos! 

(“Deveras”, de Antônio Lopes, o príncipe dos poetas feirenses, em abril de 1958).

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