Por Fernando Brito
Um amigo fez uma
conta muito interessante após a leitura do post onde trato da estupidez contida
nos comentários do pavonesco Luís Roberto Barroso, sobre uma “pacto de
corrupção” ter dirigido o país.
É que, sem os
ministros indicados – como o próprio Barroso o foi – pelos governos de
Lula e Dilma para o Supremo Tribunal Federal, o placar do pedido de habeas
corpus imeptrado pela defesa do ex-presidente seria de 3 a 1 a seu favor.
Celso de Mello, Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello já
expuseram sua tendência em conceder o HC. Alexandre de Moraes, indicado por
Temer, seria, a princípio, o único voto contrário, a conferir.
Já entre os indicados na era petista, a derrota seria certa
para Lula: Luiz Fachin, o próprio Barroso, Luis Fux, Cármen Lúcia são
votos “garantidos” contra ele. Dias
Tófolli e Ricardo Lewandowski, a favor e, se seguir as convicções que já manifestou
e não se intimidar, como tentam fazer, Rosa Weber. Perderia, portanto, de 4 a
3, no mínimo.
Basta esta conta para duas conclusões.
A primeira, é que é absurdo dizer que o acolhimento do
pedido de habeas corpus possa vir a ser o resultado de uma “composição
política” do STF.
A segunda, é que o poder vitalício e absoluto que se ganha
junto com a cadeira no STF apaga antigas ideias, rapidamente abandonadas pelo prazer de
vestir-se a pele do lobo.
Uma estranha e invertida metamorfose, onde quem era
borboleta ressurge como lagarta, para não ofender pudores, lembrando a de
Gregor Samsa, o de Kafka.
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