Este é o momento oportuno para lembrar como era em Feira de
Santana, em tempos idos, a Procissão do Fogaréu que acontecia nas
quintas-feiras da Semana Santa. Os mais antigos são unânimes em afirmar que a
fé tem sido a mesma durante a procissão, que, no entanto muito tem perdido em
afluência e solenidade. Vale a pena, pois, lembrar a Procissão do Fogaréu de
antigamente, conforme editorial da Folha do Norte de abril de 1997. (Adilson
Simas).
A Procissão do Fogaréu
A procissão, que ficou em nossa memória, era majestosa. À
frente, com seu porte marcial, andar
pausado, o Coronel Álvaro Simões Ferreira, levando a imagem do
Crucificado, seguido da irmandade da Santa Casa de Misericórdia, encapuzada,
numerosa e dividida em duas alas, a conduzir tochas.
Em seguida vinha o Padre Mário Pessoa, a puxar a ladainha
com voz suave mas audível à distância,
tal o pesado silêncio que se fazia.
Surgia, depois, a matraca, tangida, nos intervalos, por
Claudio “Macaca Fêmea”, e o bombardino, tocado por Oscar Bombardino, que dava,
ao cortejo, tom lúgubre e cerimonioso. Só depois aparecia o povão, tomando toda
a largura da rua, mas respeitando o espaço das principais figuras da procissão.
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