Por Fernando Brito
Embora a chamada da entrevista, claro, trate de mais um
louvor à Lava Jato, o mais significativo da entrevista do ministro Celso de
Mello a Carolina Brígido e Paulo Celso Pereira, na edição de hoje de O Globo é
a amaciada “prensa” que ele dá à presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen
Lúcia, em sua insana atitude de sentar-se em cima de duas ações diretas de
constitucionalidade que fatalmente reverterão a decisão de permitir a prisão
antes do trânsito em julgado, flagrantemente contrária à Constituição.
Mello, que está a milênios-luz de ser acusado de qualquer
simpatia com Lula, é o decano do Tribunal e está, com certeza, falando em nome
de outros ministros. O que diz é muito claro e já, inclusive, abre um espaço
para uma composição que “salve a cara” do Tribunal pela insensatez que o fez
aceitar a pressão “lava-jateira” e inverter um entendimento que mantinha desde
sempre.
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