quinta-feira, 22 de março de 2018

CELSO ROCHA DE BARROS E OS “BALA FROUXA”


Por Fernando Brito
A realidade, mesmo com todas as manipulações horrendas que sobre ela faz a mídia, vai se revelando e mostrando que o atentado que resultou na morte da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes significa, para além de um brutal crime contra alguém que encarnava, literalmente, segmentos excluídos da população, foi, na sua essência, um ataque a um interventor que, afinal, está decepcionando os mais ferozes defensores da repressão indiscriminada aos pobres.

Não se desfaz, com isso, claro, o erro que é procurar resolver militarmente a questão da violência e da criminalidade, mas é significativo que o General Walter Braga Netto tenha dito  que “a intervenção na segurança do Estado não privilegia a presença de tropas nas ruas“. Desde o início, aqui se diz que o assassinato da vereadora era um desafio a ele.

Celso Rocha de Barros, na Folha, mostra hoje, em artigo de excepcional coragem nestes tempos de monstros soltos pelas redes, ruas e até tribunais, que a intervenção que estes monstros querem é a de ““subir morro e matar pobre”.


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