Por Fernando Brito
A realidade, mesmo com todas as manipulações horrendas que
sobre ela faz a mídia, vai se revelando e mostrando que o atentado que resultou
na morte da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes significa, para além
de um brutal crime contra alguém que encarnava, literalmente, segmentos
excluídos da população, foi, na sua essência, um ataque a um interventor que,
afinal, está decepcionando os mais ferozes defensores da repressão
indiscriminada aos pobres.
Não se desfaz, com isso, claro, o erro que é procurar
resolver militarmente a questão da violência e da criminalidade, mas é significativo
que o General Walter Braga Netto tenha dito
que “a intervenção na segurança do Estado não privilegia a presença de
tropas nas ruas“. Desde o início, aqui se diz que o assassinato da vereadora
era um desafio a ele.
Celso Rocha de Barros, na Folha, mostra hoje, em artigo de
excepcional coragem nestes tempos de monstros soltos pelas redes, ruas e até
tribunais, que a intervenção que estes monstros querem é a de ““subir morro e
matar pobre”.
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