Por Rogério Correia
Em primeiro lugar, é importante que todos saibam que a
derrota de Lula hoje no STJ era esperada. Esperadíssima, inclusive e sobretudo
por seus advogados de defesa.
A questão do habeas-corpus para impedir a prisão do presidente
mais popular da história brasileira será decidida mesmo é no Supremo. Caberá ao
STF, como disse sua presidenta Cármen Lúcia, caberá ao STF optar se vai
apequenar-se ou não.
O Supremo será pequeno se julgar contra a Constituição. Em
seu Inciso LVII do Artigo 5º, ela é clara: “ninguém será considerado culpado
até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”.
Se julgar contra a Constituição, estará também agindo contra
os interesses das dezenas de milhões de brasileiros que põem Lula na dianteira
folgada de qualquer pesquisa de voto. E estará agindo a favor dos clamores da
Globo e da grande mídia, além dos interesses dos setores financeiros e do
grande capital.
Está nas mãos de Cármen Lúcia convocar a sessão do Supremo
para votar a questão. Não pode se acovardar.
Se quiser, a mineira Cármen Lúcia pode guiar-se pela fala do
seu colega Marco Aurélio Mello: “Processo, para mim, não tem cara, tem
conteúdo. Não colocar em pauta tendo em conta o envolvimento de Lula é
discriminação.”
E então, ministra: vai com a Globo ou com a Constituição?
Nenhum comentário:
Postar um comentário