domingo, 4 de fevereiro de 2018

OS PÉS DO PAVÃO

Por Fernando Brito
Quando Caetano escreveu, nos versos de sua música “Vaca Profana” que “de perto, ninguém é normal” certamente não previa que o juiz Marcelo Bretas, a quem – certamente com as melhores intenções – foi dar apoio, fosse também um dos que estivesse a mamar gotas de leite bom da Justiça, dona das divinas e assombrosas tetas.

Pois o episódio abriu as cortinas para aquilo que, em poucos dias, enlameou os juízes – sejam ou não beneficiários do tal auxílio-moradia – diante da mesma opinião pública carente e ressentida com que, em nome da Justiça, a tantos se enlameou.

É o gosto amargo  que volta, o travo que sobe à garganta de quem quis proclamar-se juiz não apenas da lei – ou até contra ela -, mas da moral pública.
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