Por Fernando Brito
Leia-se ou não o artigo de Luciano Huck, na Folha, hoje,
para “explicar” porque não é (mais) candidato a Presidente da República o
efeito será o mesmo: você terá jogado seu tempo fora e não saberá de nada senão
do que o apresentador diz ter sido sua egotrip no sonho presidencial.
A recorrência desta hipótese em torno do meu nome fez
ressurgir uma espiral positiva de tamanha força que foi humanamente impossível
não me deixar tocar. Assim, a cabeça e a alma começaram a operar novamente seus
ciclos de altos e baixos, trazendo de volta ao meu radar uma decisão
avassaladora.
“Minha cabeça rodando, rodava mais que os casais. O teu
perfume, Gardênia, e não me perguntes mais”, diria o genial Aldir Blanc.
E qual foi a decisão avassaladora? “Não sou candidato a
presidente do Brasil”.
Por que? O que pesou para tomar a decisão de não ser? Por
que quis ser, se é que quis? O que lhe faltou?
Nem mesmo uma palavra. Que dirá sobre seus relacionamentos com
o dinheiro público, no caso do jato financiado pelo BNDES e dos R$ 20 milhões
da Lei Rouanet. Transparência, Luciano?
Mas o título “Estou dentro” é falso como uma nota de três
reais porque, diz ele ao final, que vai “dedicar todo o tempo e a energia que
estiverem ao meu alcance para ajudar a fazer este Brasil que a gente merece
definitivamente acontecer.” Com boa vontade, deduz-se que ele quer “fazer o
Brasil acontecer”. Acontece, Huck, acontece todos os dias para quem não tem
jatinho nem iate, viu?
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